O uso da tecnologia e as campanhas multiplataforma são algumas das tendências para o marketing de influência na América. Em visita ao Brasil, Sebastián Jasminoy, CEO da Fluvip, plataforma de marketing de influência que acaba de comprar a Spark e entrar no país, afirma que a região como um todo se comporta de forma similar, mas mercado brasileiro se destaca pelas força nas redes sociais.
O marketing de influência vem se transformando rapidamente com o crescimento no número de influenciadores digitais. O mercado ainda é novo, mas os investimentos na profissionalização dos serviços têm impulsionado a utilização das marcas. A principal tendência citada por Jasminoy é o uso da tecnologia justamente por construir métricas para um mercado que ainda é novo e precisa ser verificado.
Outra tendência apontada por Jasminoy é a criação de campanhas multiplataforma. “Há alguns anos você contratava o Neymar para um tweet ou um post no Instagram. Hoje os influenciadores são contratados para uma campanha multiplataforma, criando um conteúdo e amplificando para todas as suas redes sociais. E isso tem muita relação com o que está acontecendo na indústria publicitária mundial, em que a audiência nas redes sociais em alguns mercados já é maior do que na televisão”. Ele ainda citou os contratos de exclusividade, que antes eram feitos por mídia, e agora podem passar a ser para todas as plataformas do influenciador.
Uma pesquisa do eMarketer mostra que o Brasil tem 93,2 milhões de usuários nas redes sociais. O número do México é de 56,0 milhões e na Argentina, 21,7 milhões. Para 2020, a expetativa é que 105,2 milhões de brasileiros estejam conectados. “A força do mercado brasileiro é muito simular ao desempenho do México. Então temos Estados Unidos como mercado principal, e Brasil e México ocupando um segundo nível. Brasil tem diferenças no uso das redes sociais se comparado a outros mercados. É um lugar onde se usa muito o Instagram, enquanto em outros mercados da América Latina se usa muito mais o Twitter”, reforça o CEO.
O Facebook, segundo Jasminoy, é a rede social que mais cresce, mais inova e segue sempre como protagonista. O Instagram, ele diz, tem alto crescimento também. “Creio que Facebook e Google são as grandes companhias da internet, por serem muito ambiciosas. O Snapchat está começando a desenvolver a forma como vão crescer e monetizar. Inclusive eles já decidiram que vão entrar com um representante na América Latina. Mas eles ainda são muito jovens e estão investigando como vão realmente ser além de uma rede social. Eles estão comprando empresas pequenas que estão aprimorando o serviço oferecido”.
Conteúdo em vídeo e os ‘lives’, com transmissões ao vivo, estão ganhando força também. São exemplos Periscope, Facebook Live, Snapchat, Instagram com as novas ferramentas, tem mostrado um grande crescimento, além do YouTube, que já está bem estabelecido, afirma o executivo.